MULHERES NA CONSTRUÇÃO CIVIL

As mulheres estão cada vez mais envolvidas com os processos da construção civil, é notório que existe um percentual cada vez maior de profissionais (engenheiras, arquitetas, técnicas em edificações, decoradoras, pintoras, instaladoras hidrosanitários, instaladora elétricas, ceramistas, instaladoras de alvenarias prediais, consultoras da qualidade, etc...) que influenciam positivamente na construção, na qualidade, na compra e na etapa de acabamento das residências, apartamentos ou outros imóveis. Estudos recentes, têm demonstrado que as mulheres estão conquistando o setor da construção civil de forma continua e participativa, ambiente que até pouco tempo, era considerado tipicamente masculino.


Foto: Fábio Remy

As pesquisas confirmam esta tendência do mercado, à medida que as mulheres conquistam espaço, ocorre um fenômeno, as empresa se adapta para melhor atendê-las: a apresentação das lojas se transforma, os produtos são expostos de modo diferente e o atendimento fica mais refinado e sobretudo mais exigente, os canteiros de obras mais limpos e organizados “Isto porque, segundo estudos, as mulheres são mais criteriosas, e organizadas, estão atentas não apenas aos preços, mas também à diversidade e qualidade dos produtos e serviços. Na escolha dos produtos, combinam cores e formas de forma criativa e inovadora, além de escolher a cerâmica, as peças de acabamento do banheiro e as tintas”. Recente pesquisa apresentada pela Revista ‘Pequenas Empresas Grandes Negócios’ relatou que 54% das compras de materiais de construção são decididas por mulheres e somente 46% pelos Homens. Geralmente são donas de casa que acompanham os maridos na escolha dos materiais para a construção, reformas e ampliações.



Foto: Fábio Remy

Quanto ao preconceito, tem-se notado um grande respeito por parte dos operários, sobretudo no aspecto profissional, mas ainda é grande a discriminação contra mulheres que trabalham nas obras, sobretudo no Nordeste, mas a tendência é que isto diminua com o avanço do setor, que cada dia, precisa de mão de obra qualificada e adequada a esta nova conjuntura e também as pespectivas de crescimento. As etapas do setor da construção civil que mais utilizam mão de obra feminina são: Elaboração de projetos, gerenciamento de obra, execução de revestimentos, acabamentos, montagem de piso cerâmico, aplicação de azulejo e porcelanatos, rejuntamentos de pisos e paredes, execução de chapiscos, pintura, além dos treinamentos, RH, organização e limpeza dos canteiros de obra, dentre outros.

Outro segmento onde a presença feminina é bastante visível na construção civil é na implantação e manutenção do Sistema de Gestão da Qualidade, baseada na ISO 9001, seja como RD, consultora ou auditora da qualidade. Relativo às condições de trabalho, as empresas ainda têm que se adequar a esta nova força de trabalho, adaptando-se para receber estas colaboradoras, sobretudo no aspecto físico, como exemplos: banheiros femininos, refeitórios e, sobretudo dormitórios, quando as mesmas oferecem.

A presença feminina em canteiros de obra , vêm de longe, a biblioteca central da UNB apresentou em 2005, mostra que registra a participação feminina na construção de Brasília. O evento enfatizou a presença das mulheres em meio à construção civil e ao longo dos acampamentos transformados em vilas e cidades, na construção da Capital Federal.

Diante desse panorama mercadológico, as universidades, escolas técnicas e centros de aprendizagem industrial, têm procurado se adequar e inserir-se a este contexto, abrindo novas oportunidades de cursos e vagas, seja a nível superior como as engenharias, arquitetura, como a nível técnico, como exemplos os cursos técnicos de edificações ou cursos profissionalizantes como: Instalador Elétrico, Instalador Hidrosanitários, Instalador de Alvenaria Predial (Pedreiro), Gesseiro, Instalador de Cerâmica, Pintor, Mosaico, dentre outros.

Artigo: Fábio Remy – MS.c