O Laboratório de Genética e Biologia Molecular (Genbimol), do Centro de Estudos Superiores de Caxias da Uema, está desenvolvendo pesquisas sobre a fauna de peixes (ictiofauna) do rio Itapecuru. Os estudos buscam conhecer e propor um modelo de utilização sustentável dos recursos naturais da região.
Funcionando há cerca de um ano, o Genbimol é coordenado pelos professores-doutores Claudene Barros e Elmary Fraga. O laboratório desenvolve atividades ligadas à genética e à biologia molecular. Nele, professores e alunos realizam pesquisas básicas e avançadas que vão da extração de DNA à amplificação de genes.
Alguns projetos do centro também recebem a colaboração da Universidade Federal do Pará (UFPA), do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e do Museu da Universidade de São Paulo (MZUSP). Dentre os atuais estudos desenvolvidos por docentes e acadêmicos do Genbimol, alguns se referem à classificação genética de peixes. “Com o seqüenciamento de DNA é possível mapear espécies de peixes e, a partir disso, detectar a variabilidade genética entre elas, para que possamos subsidiar programas de manejo e conservação”, explica o pesquisador Elmary.
A caracterização genética de peixes de importância econômica da bacia do rio Itapecuru, como a pescada corvina (Plagioscion squamosissimus), o surubim (Pseudoplatystoma fasciatus), o curimatá (Prochilodus sp), assim como a caracterização e manejo genético de populações de tucunarés, constituem parte do grupo de espécies investigadas no laboratório do Cesc/Uema.
Os estudos básicos sobre a biologia da “ictiofauna” do rio Itapecuru, visam à geração de modelos de funcionamento do ecossistema e ao subsídio de uma proposta de uso racional dos recursos naturais. De acordo com a proposta dos pesquisadores, a compreensão dos aspectos da dinâmica populacional é importante para o estabelecimento de políticas de manejo e para o planejamento dos períodos de captura e defeso dos peixes. Esse procedimento ordenado e sistematizado iria possibilitar, conforme os professores, a integração com os setores produtivos a região.Além do estímulo às políticas de preservação, o estudo da genética dos recursos pesqueiros da Bacia do Rio Itapecuru favorece também a formação de recursos humanos, com o incremento das pesquisas acadêmicas e a consolidação do Curso de Ciências Biológicas da UEMA, em Caxias.
A constante introdução dos tucunarés fora de sua distribuição natural – os rios da Amazônia – se apresenta também como um dado preocupante. Nesse sentido, o estudo sobre a origem genética dos estoques de tucunarés cultivados além da Amazônia busca contribuir para uma conscientização e utilização de manejo baseado na sustentabilidade.Ele afirma que, a pesquisa sobre a fauna dos peixes da Bacia do Rio Itapecuru tem uma importância vital, já que a maioria das pessoas, daquela região, depende economicamente do rio. “Estudar a fauna de peixes é necessário porque, assim, saberemos dos problemas e estaremos mais preparados para fazer um monitoramento e sugerir soluções”, reitera.
Materia completa no site:http://www.maranhao.gov.br/cidadao/noticias.php?Id=6672
Fonte:http://www.maranhao.gov.br/cidadao/noticias.php?Id=6672
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